Luís Montenegro diz estar disponível para uma coligação pré-eleitoral com o CDS-PP, garantindo que há uma "relação de grande proximidade" com o partido.
Numa entrevista à SIC, esta quinta-feira, o presidente do PSD não exclui a "possibilidade de uma frente mais alargada para conquistar a confiança dos portugueses", que também passará pela integração de cidadãos independentes nas listas do partido para as legislativas.
"As listas do PSD vão integrar vários cidadãos independentes que vão engrossar a abrangência da candidatura", explicita.
Já quanto à Iniciativa Liberal e ao Chega, o social-democrata classifica os partidos como "diferentes", mas que "vão disputar um espaço político que também é o nosso". Por isso, Montenegro apelou ao voto útil, pois "há razões para os eleitores desses partidos concentrarem-se no PSD".
"Na ponderação pelas opiniões políticas, é importante responder se queremos ou não mudar o Governo. Só o PSD é que pode apresentar essa alternativa", reiterou.
Luís Montenegro voltou a realçar que só será primeiro-ministro se vencer as eleições e, assim, alcançar "a legitimação da vontade popular".
Para isso, admite que faz "uma exigência" para "fazer mais do que tem sido feito", referindo-se às sondagens em que o PSD não se consegue descolar do PS, apesar da crise política.
O presidente do PSD também afirmou ter "um grande orgulho em ter acompanhado Passos Coelho" no Governo de 2011 a 2015, quando na altura era líder da bancada parlamentar do partido.
"Foi um trabalho patriótico. Deixamos a António Costa um país muito melhor. Há um certo estigma da sociedade portuguesa a certas medidas. Mas eu não estou a olhar para trás, estou a olhar para a frente", garantiu.
O social-democrata defendeu ser preciso "boa gestão" dos recursos do Estado para "fazer melhores escolhas" e prometeu elaborar um "plano de emergência" para a Saúde, contratualizando com os privados e o setor social.
Já sobre a disputa interna do PS, Montenegro não tem "nenhuma preferência" entre Pedro Nuno Santos e José Luís Carneiro, recordando que ambos fizeram parte de governos de António Costa.
No entanto, o líder do PSD focou-se em Pedro Nuno Santos, atribuindo-lhe a responsabilidade "pelas três maiores trapalhadas do Governo".
Para nós e indiferente e não tenho nenhuma preferência. Respeito os dois candidatos e conheco-os há muitos anos.
"Foi ele que acordou o país com uma localização do aeroporto de Lisboa contra a vontade do primeiro-ministro. Foi com ele que não soubemos sobre a indemnização a Alexandra Reis na TAP e foi com ele que se geriu o processo da TAP", enumerou.