A Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) recebeu esta sexta-feira queixas da cobertura jornalística de 'media' portugueses do atentado na Nova Zelândia e vai analisar a questão em Conselho Regulador.
A ERC confirmou "a receção de participações referentes à cobertura jornalística do atentado na Nova Zelândia", numa resposta escrita a uma pergunta Lusa, sem revelar os órgãos de comunicação social referidos nas queixas.
"Esta questão será analisada em Conselho Regulador", acrescenta a ERC.
Em causa estará a divulgação parcial das imagens do massacre que foram transmitidas em direto na internet pelo principal suspeito, Brenton Tarrant.
Pelo menos 49 pessoas morreram e 48 ficaram feridas no ataque desta sexta-feira a duas mesquitas em Chirstchurch, na Nova Zelândia.
Os ataques tiveram início às 13h40 (00h40 em Lisboa) nas mesquitas de Al Noor, em Hagley Park, e de Linwood Masjid.
Em conferência de imprensa, o comissário Mike Bush, da polícia neozelandesa, informou que "um homem foi acusado de homicídio" e vai ser presente a tribunal pelos ataques contra as mesquitas, situadas no centro da cidade de Christchurch.
Segundo este responsável da polícia, as autoridades desativaram uma série de engenhos explosivos improvisados encontrados num veículo após os disparos numa das mesquitas.
Christchurch, com cerca de 376.700 habitantes, é a maior cidade da Ilha Sul da Nova Zelândia e a terceira maior cidade do país, localizada na costa leste da ilha e a norte da península de Banks. É a capital da região de Canterbury.
Um homem que se identificou como Brenton Tarrant, de 28 anos, nascido na Austrália, reivindicou a responsabilidade pelos disparos e transmitiu em direto na internet o momento do ataque.
Brenton Tarrant deixou um manifesto anti-imigrantes de 74 páginas, no qual procurou justificar as ações.