Cristiano Ronaldo, capitão da seleção nacional, defende-se das críticas à volta de golos no Campeonato da Europa com o rendimento na sua história a representar Portugal.
Numa conversa com Rio Ferdinand no seu canal de YouTube, Ronaldo assumiu o objetivo de chegar aos mil golos, com uma explicação pelo meio sobre o Europeu.
"Sinto que ainda consigo driblar, rematar, saltar e marcar golos. No dia em que sentir que já não produzo nada, arrumo as malas e vou embora, mas estou longe disso. Não quero ser convencido, mas fiz 60 golos este ano. Agora vens-me falar que não marquei nenhum golo no Euro? E depois? Qual é o problema? Antes marquei 130. Vou aumentar ainda mais o nível. Vou chegar aos 900 golos e depois vou bater os 1000", disse.
Ainda sobre o Euro, Ronaldo diz que a derrota com a França custou a ultrapassar: "Demorou-me pelo menos dois dias. Mas é normal, pela pressão, pelo momento especial que era. Mas ao terceiro dia já estava de volta ao ginásio para trabalhar porque há sempre mais pela frente. A vida continua. Não podemos ficar presos no passado. Eu consigo fazer muito bem essa distinção e esse afastamento".
O avançado de 39 anos justificou ainda as suas lágrimas depois de falhar o penálti contra a Eslovénia nos oitavos de final.
"Quando chorei, não foi por pensar que se falhasse e se Portugal fosse eliminado que o Mundo ia cair sobre mim. Não foi por isso. As pessoas não me conhecem. Foi apenas porque, imagina, nos últimos 27 penáltis [que tinha batido] tinha marcado, e falhar naquele momento fez-me sentir mal comigo mesmo", disse.
Ronaldo disse ainda que marcou dois golos no Europeu, os dois penáltis contra a Eslovénia e França no desempate por penáltis.
"Dizem que o Cristiano não marcou golos, mas eu marquei. Dois [penáltis]. Fui o primeiro para mostrar: 'Eu falhei, mas não vou acobardar-me. Vou lá e vou bater [o penálti], mesmo que falhe'. Eu serei sempre assim. Nunca vou esconder-me e dizer que estou com câimbras, o que eu percebo", conclui.