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Portugal regista esta sexta-feira mais 67 mortes e 5.444 casos de Covid-19, indica a Direção-Geral da Saúde (DGS). O número de internados volta a aumentar, depois de uma descida no dia anterior.
Desde a chegada da pandemia ao país estão confirmados 4.276 óbitos e quase 286 mil casos da doença.
Nos hospitais portugueses estão internadas 3.208 pessoas com Covid-19, um aumento de 16 em comparação com o dia anterior.
Em unidades de cuidados intensivos há agora 526 pacientes infetados com o novo coronavírus, uma subida de dez em relação ao balanço de quinta-feira.
A DGS adianta que, nas últimas 24 horas, recuperaram da doença 5.502 pessoas.
Há menos 125 casos ativos de Covid-19 em Portugal, num total de 82.116; e menos 654 pessoas em contactos de vigilância, que são agora cerca de 80 mil.
Numa análise por regiões, o Norte continua a ser a mais atingida, com mais 3.161 casos (58%) e 39 mortes.
Lisboa e Vale do Tejo regista mais 1.380 infeções (25%) por Covid-19 e 15 óbitos.
A região Centro tem mais 631 casos e oito mortes, o Alentejo 136 casos e duas mortes, o Algarve mais 90 infeções e três mortes, os Açores 35 casos e a Madeira mais 11.
Os dados são conhecidos num dia marcado por várias notícias em torno do plano de vacinação contra a Covid-19.
Segundo uma proposta de especialistas da Direção-Geral da Saúde, avançada pela imprensa, as pessoas entre os 50 e os 75 anos com doenças graves, os funcionários e utentes de lares de idosos e os profissionais de saúde envolvidos na prestação direta de cuidados deverão ser os primeiros a ser vacinados contra a covid-19.
O responsável pelo grupo de trabalho que está a preparar o plano de vacinação, Francisco Ramos, explica que a proposta "não tem qualquer limite de idade para as pessoas internadas em lares", mas avisa que não será possível vacinar todos os idosos numa primeira fase e que será preciso definir prioridades.
Francisco Ramos defende que “não vale a pena criar uma falsa expetativa de que os 10 milhões de portugueses, ou mesmo os três milhões que serão os mais idosos sem comorbilidades, sem outras doenças severas associadas, podem entrar neste primeiro grupo”.
"Perto de três milhões de idosos não têm outras doenças associadas severas. Não é possível. Se formos por aí, se optarmos por profissionais de saúde, de forças de segurança, de profissionais dos lares, provavelmente, estaremos a falar de metade da população portuguesa e isso não seria prioridade nenhuma", refere o ex-secretário de Estado.
O primeiro-ministro, António Costa, e o secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, já garantiram que não haverá qualquer limite de idade e que os idosos são uma prioridade.
O Governo já recebeu a proposta da comissão técnica da DGS, mas Lacerda Sales adianta que o documento ainda não foi analisado e, a seu tempo, será tomada uma decisão política.
“Não seria agora que a idade seria um limite para vacinação. No entanto, sabemos que há vacinas que, por característica da própria vacina, têm uma indicação para determinadas faixas etárias. Essa é a única limitação”, explicou o governante.
O Presidente da República também já comentou a polémica. Marcelo Rebelo de Sousa considera "uma ideia tonta" a proposta para que os mais idosos não seja prioritários na vacinação contra a covid-19, sublinhando que ainda "não há plano nenhum aprovado".
"Não há decisão nenhuma, muito menos há uma decisão que seja uma decisão tonta", afirmou o chefe de Estado, em declarações à agência Lusa, à entrada para um almoço com empresários da restauração, em Évora.
A circulação entre concelhos no território continental é proibida entre as 23h00 de hoje e as 05h00 de quarta-feira, existindo 10 exceções para a medida prevista no estado de emergência, decretado devido à pandemia de covid-19.
De acordo com o decreto do Governo que regulamenta a aplicação do novo estado de emergência, que entrou em vigor na terça-feira, será proibido circular para fora do concelho de domicílio entre as 23h00 de 27 de novembro e as 05h00 de 2 de dezembro, “salvo por motivos de saúde ou por outros motivos de urgência imperiosa”.