A Caixa Geral de Depósitos (CGD) vai encerrar mais 75 balcões, possivelmente 27, até ao final deste mês. O plano foi denunciado no fim-de-semana durante um protesto promovido na vila de Alhandra pelo PCP.
Esta terça-feira, o banco não desmentiu a informação, embora tenha remetido para mais tarde mais informações sobre que dependências vão ser fechadas nas próximas semanas.
“Logo que entendamos ser hora de dizer algo sobre esse assunto, enviaremos a nossa posição”, sublinhou a assessoria de imprensa da CGD.
O sindicato dos trabalhadores da Caixa Geral de Depósitos (STEC) teme pelo futuro dos funcionários da empresa, mas anseia que, à semelhança de 2017, a distribuição destas pessoas por outros balcões ocorra sem grandes problemas.
"A nossa preocupação como sindicato é mais o que é que fazem às pessoas que estavam lá - onde é que são recolocadas, a garantia dos postos de trabalho, isso, sim, preocupa-nos", sublinhou o porta-voz do sindicato em declarações à Renascença.
Admitindo que em 2017 esse processo correu relativamente bem, à exceção de "um caso ou outro que não foi tão bom", o sindicato espera que, este ano, essa "distribuição das pessoas se faça sem grandes problemas" novamente.
Já há por todo o país contestações por parte dos clientes do banco estatal e dos autarcas das respetivas localidades onde há balcões com encerramento já agendado para o final deste mês.
Esta possibilidade já tinha sido avançada por Paulo Macedo numa entrevista ao diário digital ECO, quando informou que a Caixa ia encerrar entre 70 e 80 balcões em 2018, de acordo com o que está previsto no plano estratégico que foi alcançado com as autoridades europeias.