A Federação de Sindicatos da Administração Pública (FESAP) quer aumentos salariais acima dos 3,5%. A direção da FESAP esteve reunida esta quarta-feira para elaborar um caderno de encargos a apresentar aos partidos políticos em vésperas de eleições legislativas.
A meta foi estabelecida pelo secretário geral da FESAP, José Abraão, bem como uma uma crítica implícita ao PSD pela proposta de aumentos salariais em linha com a inflação.
“Nós não estamos de acordo com aqueles que dizem que apenas deve haver aumentos em linha com a inflação. Tem de haver alguma recuperação e é facto que a produtividade nacional também cresceu. Portanto, se houver alguma justiça na distribuição do rendimento, compreenderá que a produtividade, mais a inflação e alguma recuperação provavelmente apontará para valores dessa grandeza ou até ligeiramente superiores”, defendeu o dirigente sindical.
Nesta conferência de imprensa, José Abraão fez ainda questão de garantir que, na próxima legislatura, a atitude dos sindicatos que integram a FESAP será de fazer valer a contagem integral do tempo de serviço de todas as carreiras, incluindo os professores.
“Bater-nos-emos sempre por questões de justiça e a contagem do tempo para todos é uma questão de justiça”, referiu.
A FESAP deixou ainda claro que está contra um eventual alargamento da ADSE aos privados, como propõe o CDS.
“Não é aceitável que se queira dizer que a ADSE tem de ser para todos quando ela é dos funcionários públicos e é a eles que se tem de perguntar que futuro é que querem”, advogou.