O ministro do Ambiente lamenta os transtornos provocados pela interrupção na circulação na linha azul do Metro de Lisboa. No dia em que a circulação foi retomada, Matos Fernandes fez questão de sublinhar que o que aconteceu foi absolutamente invulgar, mas já passou. E que "não há qualquer conclusão que se possa tirar a partir daqui sobre o que é a segurança das estruturas do Metro de Lisboa, que são mais do que seguras".
Em declaração aos jornalistas, depois de ter chegado à estação da Praça de Espanha de metro, assegurou que "todos os olhos vão estar postos nesta obra e não vai haver mais problema nenhum. A obra na Praça de Espanha vai se concretizar, que é, de facto, uma obra fundamental para Lisboa".
Quanto à auditoria ao acidente, Matos Fernandes lembrou que foi a autarquia que a decidiu realizar, sublinhando, contudo, que não espera conclusões muito diferentes do que já se conhece. “Houve de facto uma máquina que entrou em obra e que deu uma pancada muito forte onde não devia".
Medina. Investimento no metro de Lisboa "já devia ter sido feito há muitas décadas"
À margem de uma conferência de imprensa improvisada junto a uma das entradas para a estação, Fernando Medina comentou a notícia de que está suspensa, até ao próximo mandato, a introdução das Zonas de Emissões Reduzidas na zona da Baixa e Chiado, em Lisboa - que vão implicar uma forte redução de tráfego e emissões poluentes. E que depois da pandemia se verá, porque nesta altura, não era de bom senso penalizar os comerciantes daquela zona da cidade.
“Se tiver responsabilidade sobre isso, é essa a minha intenção. O que quis anunciar com essa declaração foi que não havia nenhum abandono do projeto. Havia uma questão que era de bom senso. Defendo o projeto, acho que ele é muito importante, acho que há um tempo para se fazer e esse tempo não é este”, disse Medina.
Depois, admitiu que está em negociações com o governo para o investimento no alargamento da rede de metropolitano, que diz que já devia ter sido feito há muitas décadas.
“É um grande investimento nos meios pesados de mobilidade para, de uma vez por todas, se fazer aqui o investimento que já devia ter sido feito há muitas décadas, que é o investimento numa rede de infraestrutura pesada, de transporte coletivo pesado, na área metropolitana”.
Matos Fernandes sublinha que "é mais do que seguro andar de metro" após acidente
O ministro do Ambiente garante ainda que será sempre seguro utilizar o Metropolitano de Lisboa. À margem da visita às obras de recuperação do túnel do metro, Matos Fernandes diz que tudo se resume a um acidente que já passou.
“O que aconteceu não podia ter acontecido, mas foi mesmo um acidente. Acidente esse que provocou quatro feridos felizmente ligeiros. Causou um transtorno muito grande, durante dois dias e meio não foi possível usar o metro, mas, repito, já passou. É mais do que seguro andar de metro, foi sempre e será sempre seguro”.
O troço afetado entre as estações das Laranjeiras e do Marquês de Pombal está já aberto à circulação, depois de uma vistoria do Metro e do LNEC.
O Metropolitano de Lisboa garante que todas as condições técnicas e de segurança estão reunidas para abrir a circulação da linha Azul e prevê a circulação na totalidade às 23h00 desta quinta-feira.
A circulação da linha Azul do Metro de Lisboa esteve interrompida desde terça-feira após uma perfuração da abóbada do túnel do Metropolitano de Lisboa entre as estações S. Sebastião e Praça de Espanha. Não foi possível circular durante os últimos três dias no troço Laranjeiras e Marquês de pombal da linha Azul. Segundo o comunicado da instituição " a ocorrência teve origem num erro técnico na obra que decorre à superfície da responsabilidade da Câmara Municipal de Lisboa".
O desabamento no metro de Lisboa, ocorreu numa zona de obras de requalificação e provocou quatro feridos ligeiros o que causou o pânico entre os viajantes do metropolitano.
A instituição avança em comunicado que foi aberto um inquérito para apurar os "danos infligidos à superestrutura, infraestrutura e material circulante envolvido, bem como os restantes prejuízos causados, direta e indiretamente, à empresa, pela reposição com a maior brevidade das condições necessárias ao normal funcionamento dos serviços de exploração".