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O último relatório do Instituto Ricardo Jorge (INSA) revela que a variante Delta (associada à Índia) é a responsável por mais de metade dos casos em Portugal, passando de 4% em maio para 55,6% em junho. Domina em praticamente todo o país, com exceção para a região Norte e para os Açores e Madeira.
Esta análise mensal mostra que a variante Delta teve “uma subida galopante” na frequência relativa
a nível nacional, mas a sua distribuição “é ainda muito heterogénea entre
regiões”.
A região do Alentejo é onde a prevalência é maior (quase 95%), seguindo-se a Região Centro e a região de Lisboa e Vale do Tejo.
A variante Alfa (associada ao Reino Unido) foi detetada com uma frequência relativa de 40,2% na amostragem nacional, "evidenciando um forte decréscimo de frequência a nível nacional".
Todavia, esta variante é a mais prevalente na região Norte (62,7%) e nas Regiões Autónomas dos Açores (96,8%) e Madeira (69,8%).
A variante Gama
(originária do Brasil)
também perdeu importância (4,3% em abril, 2,3% em maio e
2% em junho), assim como
a Beta (da África do Sul) que representa apenas 0,1%
dos casos estudados, após vários meses a rondar os 2%.
Foram detetados 46 casos da Delta Plus. Cerca de metade destes diagnósticos “restringem-se a apenas duas cadeias de transmissão de âmbito local, sugerindo que a sua circulação comunitária é ainda limitada”.
Segundo o este relatório, foram analisadas 9.846 sequências do genoma do novo coronavírus, obtidas de amostras colhidas em mais de 100 laboratórios, hospitais e instituições, representando 284 concelhos de Portugal.
Desde abril de 2020, o INSA tem vindo a desenvolver o “Estudo da diversidade genética do novo coronavírus SARS-CoV-2 em Portugal”, com o objetivo de determinar os perfis mutacionais para identificação e monitorização de cadeias de transmissão do novo coronavírus, bem como identificação de novas introduções do vírus em Portugal.
Em Portugal, morreram 17.086 pessoas e foram confirmados 875.449 casos de infeção, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A nível mundial, a pandemia provocou pelo menos 3.925.816 de vítimas, resultantes de 181.026.547 casos de infeção diagnosticados oficialmente, segundo o balanço feito pela agência francesa AFP.
Os EUA lideram o ranking da Bloomberg de 53 melhores países para estar durante a pandemia, no qual Portugal ocupa o 29.º lugar. "Quase um ano e meio após o início da pandemia, os melhores e piores lugares para se estar na era covid-19 são cada vez mais definidos por uma coisa: normalização", refere a agência financeira.