Não terá ultrapassado o milhar o número de participantes na manifestação desta sexta-feira em Lisboa, no âmbito da Greve Climática Global que decorre em 157 países.
A concentração começou às 10h00 no Largo do Camões, mesmo no centro da baixa da cidade, mas o protesto e o desfile até à Assembleia da República foram sendo atrasados, à espera que houvesse mais gente a aderir à manifestação – o que nunca chegou a acontecer.
Os manifestantes foram parando ao longo da Calçada do Combro, mas não terão conseguido reunir mais do que mil pessoas.
A organizadora da manifestação, Beatriz Farelo, reconhece à Renascença que não estava muita gente, mas considera difícil, no arranque destas iniciativas, conseguir uma grande adesão das pessoas.
Alice Gato, outra das organizadoras, concorda. Na véspera desta greve, já tinha admitido em entrevista à Renascença: “Não esperamos uma mobilização tão grande como foi a da última greve.”
“A maior expectativa é conseguir mobilizar muitas pessoas para a COP25, que vai acontecer em Madrid”, adianta Alice Gato, referindo-se à Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP25), que vai decorrer entre 2 e 13 de dezembro na capital espanhola.
“Estamos a mobilizar gente para a COP, em Madrid, para fazer uma contraconferência nas ruas. Respondam ao nosso apelo: vamos levar o máximo de pessoas a Madrid”, vinca Beatriz Farelo, lembrando que “a luta faz-se nas ruas e se ficarmos em casa as coisas não vão mudar”.
Na capital espanhola vai estar Greta Thunberg, que antes passa por Portugal. A ativista sueca aceitou participar numa sessão na Assembleia da República, em Lisboa, promovida pela comissão parlamentar de Ambiente, Energia e Ordenamento do Território, que se realizará no início de dezembro.
Greta Thunberg é hoje a cara e voz mais conhecida dos movimentos pelo clima, mas o mundo teve outras ativistas ambientais. Recorde aqui as histórias de Severn e Brittany, as antecessoras da jovem sueca.