Quatro dezenas de joias do escultor e joalheiro Alberto Gordillo, conhecido pela originalidade das suas peças e pela forma como junta materiais variados, podem ser apreciadas, em Setúbal, na Casa da Cultura.
Denominada “Gordillo - 60 Anos de Exposições”, a mostra reúne peças “feitas de materiais tão díspares como prata, metal, pedras preciosas e semipreciosas, vidro acrílico, parafusos, água e acessórios elétricos”, refere a nota de apresentação enviada à Renascença.
Alberto Gordillo reúne nesta exposição “24 colares, 14 pregadeiras e duas escravas, peças trabalhadas de um modo original e pouco convencional”.
O artista, citado pela Câmara Municipal de Setúbal, refere que “foi em janeiro de 1963 que realizei, em Portugal, a minha primeira exposição de joalharia moderna”.
Premiado e considerado o pioneiro da joalharia moderna portuguesa, com trabalhos expostos em museus e centros de arte de todo o mundo, Alberto Gordillo, começou a trabalhar em joalharia em 1955, com apenas 12 anos, na oficina de um tio em Lisboa, tendo iniciado uma ourivesaria “de características extravagantes para a época”, utilizando novos materiais, como pedras da rua.
O artista, que nasceu em Moura, no distrito de Beja, é também responsável por ter idealizado e executado algumas das mais notáveis joias de alta joalharia, destacando-se o famoso colar teia com 300 gramas de platina e com 150 brilhantes, exibido na Bolsa dos Diamantes de Londres e exposto no Museu Nacional do Traje.
A mostra que chega agora à Casa da Cultura de Setúbal é complementada com recortes de fotografias, com a finalidade de mostrar ao público a dimensão da obra de Gordillo na imprensa, além de fotografias de joias.
No final do percurso, é ainda exibido um vídeo que descreve o percurso artístico do escultor e joalheiro, dando a conhecer a sua obra.
Organizada numa parceria entre a Câmara Municipal de Setúbal, a Artiset – Artistas Plásticos de Setúbal e o atelier DDLX, a exposição “Gordillo - 60 Anos de Exposições” pode ser visitada gratuitamente até ao final do ano.