O Banco de Portugal reviu em alta o crescimento para a economia portuguesa este ano, e aponta agora para 6,8%, acima da estimativa do Ministério das Finanças (6,5%), mas 2023 haverá um forte abrandamento.
Segundo dados avançados nesta sexta-feira pelo governador do Banco de Portugal, na apresentação do Boletim Económico de dezembro "a estimativa para 2022 é de 6,8%, 1,5% no ano que vem e uma recuperação para valores próximos de 2% em 2024 e 2025."
Isto significa, disse Mário Centeno, que, "com exceção do ano 2020, desde 2016, Portugal converge com a média da área do euro."
Para a inflação, o supervisor antevê um abrandamento. "Nós vamos passar de uma inflação trimestral de 10% no quarto trimestre de 2022 para 3,7% no final de 2023." Posteriormente, a um ritmo, "obviamente mais lento, no final de 2025, teremos a inflação homóloga no quarto trimestre em 1,7%", revelou Centeno.
O governador do Banco de Portugal afastou ainda um cenário de recessão no país, a menos que os riscos se confirmem.
"Para já, as previsões indicam que haverá crescimento. "A dívida dever-se-á continuar a reduzir, isto é quase um objetivo nacional, nas nossas projeções é exatamente isso que acontece, e vamos atingir valores da dívida, segundo as nossas projeções em 2025 inferiores a 100% e mais baixos do que 2010."
Centeno avisou ainda o governo que as medidas de apoio à economia devem ser temporárias e focadas em quem mais precisa.
A taxa de desemprego deverá manter-se estável entre 2023 e 2025.