O exército israelita está a utilizar inteligência artificial e ferramentas automatizadas para identificar alvos do grupo islamita Hamas na Faixa de Gaza, anunciaram esta quinta-feira as Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês).
O chamado "centro de alvos" da Direção de Inteligência Militar das IDF identificou cerca de 1.200 novos alvos do Hamas na Faixa de Gaza, no âmbito da ofensiva terrestre que começou na semana passada.
"Pela primeira vez, as forças terrestres estão a operar na Faixa de Gaza recebendo informações de inteligência e alvos determinados com planos operacionais atualizados", disseram as IDF.
Os planos são enviados em tempo real ao comando sul das IDF para "realizar centenas de ataques de cada vez", referiu o exército israelita num comunicado citado pela agência espanhola Europa Press.
"Trata-se de um plano para tornar as informações de inteligência totalmente acessíveis (...) e para fechar imediatamente esses círculos de fogo com a ajuda de sistemas de inteligência artificial", especificou um oficial do exército.
A mesma fonte disse que, durante uma guerra, "o inimigo comporta-se de forma diferente e cria novas oportunidades", e que as necessidades operacionais são definidas "em todos os contextos de combate pelo comandante relevante".
O oficial afirmou que os padrões "são os mais elevados".
"Geramos alvos para ataques precisos contra as infraestruturas associadas ao Hamas, causando o máximo de danos ao inimigo e minimizando os danos aos que não estão envolvidos", afirmou.
Referiu ainda que as IDF trabalham sem compromissos "quando se trata de definir que e o que é um inimigo".
"Os membros da organização terrorista Hamas não estão imunes, independentemente do local onde se escondem", acrescentou.
Desde o início da guerra, após o ataque sem precedentes do Hamas em solo israelita em sete de outubro, as IDF afirmaram que atingiram mais de 12 mil alvos na Faixa de Gaza.
O Hamas, que controla a Faixa de Gaza desde 2007, disse que os ataques israelitas causaram mais de nove mil mortos, segundo um novo balanço divulgado esta quinta-feira.
Israel acusou o Hamas de ter matado mais de 1.400 pessoas no ataque de sete de outubro em solo israelita.
Os comandos do grupo islamita também raptaram centenas de israelitas e estrangeiros que mantêm como reféns na Faixa de Gaza.
O porta-voz das IDF, contra-almirante Daniel Hagari, disse esta quinta-feira que o Hamas fez 242 reféns.
Israel, Estados Unidos e União Europeia qualificam o Hamas como uma organização terrorista.