O eurodeputado Paulo Rangel é o cabeça de lista do PSD às eleições europeias, anunciou o líder do partido, Rui Rio.
O nome foi aprovado esta quinta-feira pela Comissão Política Nacional do partido.
Paulo Rangel, de 50 anos, vai liderar uma candidatura ao Parlamento Europeu pela terceira vez.
Rui Rio explica que escolheu Paulo Rangel devido a cinco características: gosto pelos assuntos europeus, elevado potencial cultural, intelectual e profissional, experiencia política, conhecimento dos dossiers europeus e peso político na Europa.
Rangel acusa Governo de aceitar "perda de 7% nos fundos de coesão"
Na sua intervenção, Paulo Rangel começou por dizer que tem “plena consciência da enorme responsabilidade” que é encabeçar a lista do PSD e lançou quatro desafios ao primeiro-ministro, António Costa.
O social-democrata pergunta a António Costa se o Governo aceita ou veta proposta da Comissão Europeia que tira fundos a Portugal para dar a países mais ricos e preparados.
Rangel alerta que o Governo prepara-se para aceitar um novo quadro comunitário até 2027 em que Portugal perde 7% dos fundos de coesão, enquanto países bem mais ricos aumentam a sua dotação. E deu vários exemplos: Espanha ganha 5%, itália ganha 6% e a "riquíssima Finlândia" aumenta 5%.
“Alguém tem de denunciar a passividade, o conformismo, a complacência com que o Governo do PS e o seu ministro do Planeamento estão a negociar os fundos 2020 a 2027. Em Bruxelas, o ministro do Planeamento contenta-se e conforma-se com uma proposta da Comissão para as próximas perspetivas financeiras em que Portugal perde 7% dos fundos de coesão, enquanto países bem mais ricos do que Portugal aumentam a sua dotação.”
Em segundo lugar, antevendo que o ministro das Infraestruturas e Planeamento, Pedro Marques, seja o cabeça de lista do PS às europeias, Paulo Rangel fala num “candidato disfarçado de ministro” e pede que o primeiro-ministro esclareça se houve “aproveitamento de um cargo ministerial para lançar um candidato.
Paulo Rangel mostra-se contra a criação de um Exército Europeu e desafia António Costa a revelar a sua posição sobre o assunto.
O quarto desafio é saber se o primeiro-ministro e líder do PSD é a favor do fim da regra da unanimidade nas matérias aprovadas na União Europeia.
As eleições europeias estão marcadas para maio.