O grupo Lufthansa, intervencionado pelo Estado alemão, registou uma perda líquida de 325 milhões de euros nos primeiros seis meses, 82% abaixo do valor do período homólogo, na sequência de um aumento das receitas.
Em comunicado, o grupo aéreo alemão Lufthansa sublinhou que no segundo trimestre já registou lucros, designadamente de 259 milhões de euros, contra uma perda de 756 milhões de euros um ano antes.
O grupo afirmou que reduziu as perdas operacionais para 300 milhões de euros, menos 86% que na primeira metade de 2021, que as receitas aumentaram para 13.825 milhões de euros (+140%) e que a procura de bilhetes de avião continua forte.
O presidente executivo, Carsten Spohr, disse, na apresentação das contas, que as companhias aéreas em todo o mundo estão nos "seus limites operacionais", mas mostrou-se otimista quanto ao futuro.
O número de passageiros transportados pelas companhias aéreas do grupo quadruplicou no primeiro semestre do ano para 40 milhões de passageiros (10 milhões há um ano), dos quais 29 milhões no segundo trimestre (contra sete milhões entre abril e junho de 2021).
Devido ao aumento da procura, o grupo de companhias aéreas aumentou as capacidades e no segundo trimestre ofereceu 74% dos voos que tinha antes da pandemia e alcançou uma taxa de ocupação nos voos de 80%, quase tão elevada como antes da pandemia (83% em 2019).
O grupo Lufthansa espera contratar 5.000 novos empregados no segundo semestre do ano porque está a expandir os voos, principalmente pilotos e tripulação de cabine na Eurowings e Eurowings Discover, pessoal de terra nos aeroportos, empregados na Lufthansa Technik e na divisão de catering da LSG.
Também espera um número semelhante de novas contratações em 2023.
A Lufthansa espera que a procura de bilhetes de avião permaneça elevada durante o resto do ano e referiu que as reservas de agosto a dezembro estão, em média, em 83% do nível de crise pré-pandemia.