A EDP continua interessada em investir em hidrogénio verde em Sines e acredita que os processos judiciais não vão travar o investimento no setor.
À margem da Web Summit, o administrador da EDP Inovação, António Coutinho, afirmou que o valor dos projetos não é influenciado pela “Operação Influencer”.
“Independentemente do processo, os projetos são sempre avaliados pelos seus méritos, não é uma questão de caso ou sem caso [judicial]. Quanto a Sines, é um projeto que continuamos a desenvolver”, reforçou.
António Coutinho destacou ainda que, tal como todos os projetos globais, o hidrogénio não depende apenas do projeto de Sines.
“O hidrogénio vai ter de surgir em todos os mercados e não apenas em Portugal ou em Espanha. Estamos a desenvolver projetos de hidrogénio em vários sítios do mundo. Como todos os projetos globais, o plano para o hidrogénio não está dependente só de um sítio”, explicou.
Em novembro de 2021, a EDP investiu 150 milhões de euros no projeto GreenH2Atlantic, que até final de 2025 quer transformar a antiga central termoelétrica de Sines numa estrutura de produção de hidrogénio. Em junho do mesmo ano, a EDP já tinha abandonado, por falta de viabilidade económica do projeto, o consórcio H2Sines, também dedicado ao negócio do hidrogénio e visado na “Operação Influencer”.
[Notícia corrigida às 15h23 de 17/11/2023, substituindo "implementar" por "desenvolver"]