Os congressistas Republicanos retiraram esta sexta-feira o apoio a Jim Jordan como candidato à presidência da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, após o aliado do ex-presidente Donald Trump ter falhado a eleição em três votações consecutivas.
A decisão foi tomada após uma reunião interna dos Republicanos, logo após Jordan ter conseguido apenas o apoio de 194 congressistas na votação levada a cabo em plenário, quando 25 rejeitaram apoiá-lo.
Os Republicanos votaram à porta fechada se deveriam continuar a nomear Jordan, atual presidente do Comité Judiciário da Câmara dos Representante e membro da ala mais conservadora do partido, como seu candidato. E o resultado, segundo a imprensa norte-americana, foi negativo.
Vários Republicanos recusaram-se a apoiar Jordan por considerarem o congressista do Ohio demasiado extremista para a poderosa posição de presidente da Câmara dos Representantes.
Antes da votação, Jordan não deu sinais de se afastar da corrida: "O povo americano está desejoso de mudança", disse.
O Partido Republicano mostra não ter qualquer plano viável para unir os seus congressistas na eleição de um novo 'speaker' e para retomar os trabalhos do Congresso, praticamente paralisado desde que a ala conservadora depôs o colega Republicano Kevin McCarthy no início do mês.
Face a este impasse, a Câmara dos Representantes continua bloqueada num momento em que os orçamentos para o atual ano fiscal ainda devem ser aprovados e quando o Presidente norte-americano, Joe Biden, acaba de pedir ao Congresso que aprove um pacote de mais de 100 mil milhões de dólares (94,4 mil milhões de euros) que inclui 14,3 mil milhões de dólares (13,5 mil milhões de euros) em ajuda para Israel e um novo pacote para a Ucrânia no valor de 61,4 mil milhões de dólares (58 mil milhões de euros).