Chegou o fim da miragem europeia no que toca à imposição de quotas para a recepção de migrantes em cada estado-membro. A União Europeia reformulou o sistema de quotas na repartição de refugiados, de forma a evitar o fracasso do principal mecanismo criado para aliviar a crise migratória.
A nova proposta, segundo o diário espanhol “El País”, exclui a Hungria do grupo de países a partir dos quais se enviam refugiados para outros territórios menos afectados.
A Hungria fica de fora, por vontade própria, para não deixar cair o sistema de quotas.
Mantém-se o número de 120 mil requerentes de asilo que os estados-membros devem acolher, nos próximos anos, para aliviar a pressão nos países mais expostos a esta vaga migratória.
O bloco dos países de leste só deverá aceitar este esquema de quotas se ficar claro que será apenas voluntário, e não obrigatório.
Em estudo estará também, segundo o jornal, a criação de uma espécie de reserva que possa ser reclamada por países que enfrentem uma situação de emergência.
Se a Croácia, por exemplo, receber um volume anormal de refugiados, pode pedir para os mudar para outro país por conta dessa quota.
No final de contas, todas as opções representam uma questão de fundo: a falta de um marco homogéneo de gestão de asilo na Europa.