"Gostava que esta fosse uma eleição em que fosse possível, e vou usar a expressão, baixar a crista aos galifões da política portuguesa que se enchem de ar quente quando há determinadas evoluções na sua representação eleitoral”. As palavras são de João Cotrim de Figueiredo que, durante uma iniciativa com jovens na noite do Porto, não escondeu estar a referir-se “ao Chega”.
Noutro plano, o cabeça de lista da Iniciativa Liberal (IL) recusou a ideia de existir um pacto de não agressão com a Aliança Democrática (AD). Cotrim de Figueiredo alega que tal ideia não passa “de uma construção jornalística”.
O número um da lista da IL às eleições de junho fala de“táticas em debates”, mas que não irá “revelar tudo o que faz parte dessa estratégia eleitoral”. De qualquer forma, “é mais ou menos evidente para todos que há uma diferença substancial entre a proposta política da Iniciativa Liberal e a proposta política da AD nestas eleições”.
Ir aos locais onde estão os jovens para mostrar a importância das eleições
João Cotrim de Figueiredo esteve na noite do Porto para conviver com jovens. Com o autocarro da IL estacionado na Praça dos Leões, com música alta e copos de cerveja gratuitos para quem seguisse o partido nas redes sociais, foram muitos os que se juntaram e trocaram uma palavras com o candidato. Outros apenas ali estavam para ouvir música, apesar de reconhecerem a importância das eleições e assumirem a intenção de votar no dia 9 de junho.
O candidato da IL explicou que “em vez de estar a dar sermões e tentar convencer os jovens a olhar para a política da forma antiga”, decidiu ir “ao encontro deles, estando presente nos sítios onde eles costumam estar”. Porque, sublinha é "particularmente importante que os jovens continuem a mostrar esta tendência crescente de participação política que os últimos anos têm demonstrado”. Especialmente numas eleições europeias "porque é deles que o projeto europeu depende, e são eles a quem o projeto europeu irá dar mais oportunidades”.
Pela Praça dos Leões, ao longo da noite, passou o ex-ministro socialista João Pedro Matos Fernandes, um “vizinho do autocarro” da IL, que aos jornalistas assumiu ter ido dar “um abraço a um amigo”, mas sem trocar de camisolas, nem partidária nem clubística. “Tenho duas camisolas: a do FC Porto e a do Partido Socialista. E nunca me enganei, nem numa coisa nem noutra”, sublinhou.