O Papa está a seguir o tratamento planeado para o tratamento da diverticulite que lhe foi diagnosticada. Francisco está desde domingo, dia 4, internado e já se movimenta sozinho.
Os seus pensamentos vão agora, sobretudo, para os que mais sofrem, tendo enviado, na quinta-feira, uma mensagem aos vizinhos doentes da pediatria e também uma mensagem de condolências ao Haiti, na sequência do assassinato do Presidente Jovenel Moise.
O internamento do Papa inspirou o padre Luigi Maria Epicoco a escrever um editorial no jornal “L’Osservatore Romano” intitulado “O Papa e a graça da fragilidade”, no qual partilha com os leitores uma reflexão sobre o atual estado de Francisco: uma oportunidade para lembrar que todo homem “tem situações concretas para experimentar a fraqueza”.
Diz o padre Luigi que, ao contrário de “certa narrativa mundana” nos quer fazer acreditar, “é a fragilidade o ponto forte do cristianismo, não a sua ausência”. A fragilidade, símbolo de humanidade, permite-nos “ver a Graça de Deus” atuando em nós.
“É por isso que a notícia de que o Papa Francisco foi hospitalizado para se submeter a uma cirurgia programada é uma grande oportunidade, para cada um de nós, lembrar que Pedro também é um homem e, como todo homem, ele também tem situações concretas para experimentar a fraqueza”, escreve.
O padre Luigi escreve que gosta “de pensar que até essa breve paragem do Papa Francisco no Gemelli seja uma ocasião para ele se sentir chamado mais profundamente ‘a pastorear as ovelhas do Senhor’ através da desconfortável cátedra da fragilidade física, consciente de que a oferta do próprio sofrimento tem um imenso valor aos olhos de Deus, porque nos faz mais parecidos a Cristo”.
“A nossa oração por ele faz sentido, porque não é apenas uma oração para a cura, mas uma oração de intercessão para que nos ofereça o testemunho mais escandaloso aos olhos do mundo: ‘quando estou fraco, então é que sou forte’ (2 Coríntios 12:10).", escreve ainda.
Francisco teve um pouco de febre na quinta-feira, tendo sido submetido a exames.