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A Federação Nacional dos Sindicatos de Professores (Fenprof) considera que não estão reunidas as condições de segurança e tranquilidade para o regresso às aulas. Em declarações à Renascença Mário Nogueira reconhece que é necessário o país voltar à normalidade mas não pode ser feita desta forma porque “é uma irresponsabilidade e uma falta de rigor por parte do ministério de Tiago Brandão Rodrigues”.
O líder da aponta várias críticas às orientações que seguiram para as escolas “não estão previstos testes, antes da abertura, às pessoas que vão partilhar os espaços dentro das escolas, isso é o básico e não está previsto”. Para além do mais o ministério “sacudiu para as escolas o número máximo de alunos por sala e qual deve ser a distância entre os alunos” diz Mário Nogueira que critica o ministério da educação por ter tomado estas medidas sem negociação ou diálogo com as organizações sindicais.
Quanto aos professores, Mário Nogueira não tem qualquer previsão de quantos docentes podem não regressar à escola por pertencerem a um grupo de risco mas em declarações à Renascença diz que “ há cinco mil professores com doenças incapacitantes, não são todos do secundário, mas é aqui que a média de idades é mais elevada”.
A pouco mais de uma semana da reabertura das escolas, o documento enviado pelo governo está a gerar preocupação nos diretores porque temem o regresso de todos os alunos a todas as disciplinas do 11º e 12º anos, Mário Nogueira diz que é uma questão que tem de ser clarificada “ o ministério não reduziu ao mínimo e o que sai aumenta a população que vai estar dentro da escola e isso não faz sentido nenhum”.
Mais de metade dos professores não conseguiu contactar os alunos
Mais de 4 mil professores responderam a um questionário lançado pela FENPROF sobre o ensino á distância para conhecer as dificuldades e as opiniões dos docentes. 94 por cento consideram que o ensino á distância agrava as desigualdades e mais de metade ( 56%) dizem que não foi possível contactar com todos os alunos totalmente ou no âmbito das actividades síncronas.
Os professores que responderam a este inquérito, 66 por cento considera que o ensino à distância é mais exigente, 20 por cento menos e os restantes que o grau de exigência é semelhante ao que já tinham nas aulas presenciais.
Relativamente ao apoio que têm sentido, os professores afirmam que o Ministério da Educação é quem dá menos apoio, apenas 19 por cento, contrastando com os 65 por cento que dizem ser apoiados pelas escolas e 57 por cento pelos encarregados de educação.