O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, confirma que os prazos para a limpeza obrigatória de terrenos vão ser prolongados, apesar de despacho ainda não estar pronto para ser aprovado no Conselho de Ministros desta quinta-feira.
A exemplo do que já aconteceu no ano passado, Eduardo Cabrita, em declarações à Renascença, justifica o adiamento com a pandemia, a que junta este ano também um inverno muito chuvoso.
“A prorrogação está assumida. As características quer da pandemia, quer da meteorologia em janeiro e fevereiro, assim o justificam, portanto, o prazo de 15 de março será certamente prorrogado”, assume o ministro.
Em dia de Conselho de Ministros dedicado às florestas, que vai ser presidido pelo Presidente da República, o Governo vai fazer um ponto de situação dos mais de três anos que já leva a reforma do sistema de prevenção e combate aos incêndios.
Marcelo Rebelo de Sousa foi convidado para presidir ao último Conselho de Ministros do seu primeiro mandato e escolheu as florestas como tema central.
O ministro da Administração Interna diz à Renascença que o Governo vai mostrar o trabalho que já fez e o que ainda vai fazer.
“O que temos aqui é, para além de uma oportunidade de balanço de tudo aquilo que mudou desde 2017, de aprofundarmos uma dimensão, olhando para o futuro”, afirma Eduardo Cabrita.
Questionado sobre o facto de a reforma estar longe de concluída, passados mais de três anos do Conselho de Ministros que lançou esta reforma, Cabrita sublinha o que já foi feito, em especial a mudança de mentalidade para a importância de proteger a floresta.
“Foi esta alteração de comportamentos e esta alteração de consciência na sociedade portuguesa que contribuiu quer para as reformas institucionais profundas, quer, sobretudo, para três anos de resultados positivos que têm agora de ser aprofundados”, conclui o ministro.