A "colecta pro Terra Sancta" a que todos os cristãos do mundo são chamados a colaborar, especialmente nos ofertórios da Sexta-feira santa em todo o mundo, é sempre destinada à manutenção das comunidades cristãs nos Lugares Santos do Médio Oriente.
Com a pandemia, os cristãos daquelas terras sofreram um isolamento que os fez sentir ainda mais distantes, separados do contacto vital com os irmãos provenientes de vários Países do mundo.
O prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais, cardeal Leonardo Sandri, lançou esta quinta-feira um apelo de solidariedade e ajuda a favor daquelas comunidades que “sofreram a perda do trabalho, devido à ausência de peregrinos, e a consequente dificuldade de viver dignamente e prover às próprias famílias e aos próprios filhos”.
A Santa Sé alerta para risco de “se diminuir este pequeno gesto de solidariedade e de partilha, será ainda mais difícil para tantos cristãos daquelas terras de resistir à tentação de deixar o próprio país, será difícil manter as paróquias na sua missão pastoral, e continuar a obra educativa através das escolas cristãs e o empenho social a favor dos pobres e dos que sofrem”. Além disso, “os sofrimentos de tantos deslocados e refugiados que tiveram que deixar as suas casas por causa da guerra necessitam de uma mão estendida e amiga para deitar sobre as suas feridas o bálsamo da consolação”.
O apelo do cardeal Sandri lembra ainda que "não se pode renunciar de cuidar dos Lugares Santos que são o testemunho concreto do mistério da encarnação do Filho de Deus e da oferta da sua vida feita por nosso amor e para a nossa salvação”.
As verbas recolhidas são destinadas à salvaguarda da memória e da presença dos cristãos com ações de solidariedade e manutenção em paróquias, escolas, saúde e assistência social. Os territórios que beneficiam da coleta a favor da Terra Santa são Jerusalem, Palestina, Israel, Jordânia, Chipre, Síria, Líbano, Egipto, Etiópia, Eritreia, Turquia, Irão e Iraque.