Os associados da Associação Cristã de Empresários e Gestores (ACEGE) não estão indiferentes às eleições nos Estados Unidos. Segundo o barómetro de novembro, a maioria dos inquiridos receia o impacto que podem ter na economia europeia as orientações políticas já manifestadas pelo próximo Presidente, Donald Trump.
Ainda assim, menos de 40% admitem que a respetiva empresa pode ser afetada pela política protecionista de Trump, com o agravamento e novas taxas aduaneiras.
Ainda em matéria fiscal, uns expressivos 87% manifestam-se contra o imposto sobre as grandes fortunas defendido pelo Bloco de Esquerda, que quer que seja aplicado quando a riqueza acumulada supera os três milhões de euros. Um conceito que também esteve em discussão no último encontro do G20.
Com a Europa a discutir o orçamento gasto em defesa e os 2% propostos, os empresários questionados neste barómetro da ACEGE, que conta com a colaboração da Renascença e Eco, defendem claramente que Portugal deve investir nesta área. Em cada 10, seis diz em que "as empresas portuguesas deveriam apostar na Defesa como área de negócio".
Noutros temas, mais de 93% dos inquiridos defendem também que o Governo deve simplificar os licenciamentos e quase metade das empresas já iniciou a transição para os veículos elétricos, mas a mesma percentagem de empresas continua a circular com carros a combustão.
Na reta final do ano, a maioria mostra-se moderadamente otimista, sobre a empresa e o país. Não sabemos se estão reservadas prendas para os funcionários, mas em mais de metade das empresas, haverá presépios este Natal.
O Barómetro ACEGE/Renascença/ECO foi enviado por email a 1.094 associados da ACEGE, através da Netsonda, e esteve disponível entre 28 de novembro e 2 de dezembro. Responderam 103 pessoas.
Esta é uma iniciativa mensal, que tem como objetivo saber a opinião dos Associados da ACEGE sobre temas da atualidade, não é uma sondagem de opinião.