O grupo xiita libanês Hezbollah reivindicou hoje oito ataques contra objetivos militares israelitas, incluindo um 'drone', e manteve a escalada de tensão na fronteira desde o início há quase seis semanas do fogo cruzado entre as duas partes.
O Hezbollah indicou em diversos comunicados que nas suas ações deste sábado alvejou um 'drone' de combate com um míssil terra-ar na região norte do Israel, além de posições militares ao longo da linha divisória.
O grupo xiita libanês precisou que um dos ataques "com mísseis e projéteis de artilharia foi dirigido contra o quartel militar de Ramim, uma aldeia libanesa ocupada de Honin", e posteriormente prosseguiu a sua ofensiva contra duas outras posições, supostamente com vítimas, mas sem fornecer mais detalhes.
A agência noticiosa libanesa ANN indicou que Israel efetuou mais de 20 ataques no sul do Líbano ao longo do dia de hoje, e com as milícias libanesas a referirem terem detetado "aviões espiões israelitas" que sobrevoaram durante horas o espaço aéreo da localidade de Nabatieh.
Por sua vez, o Exército de Israel informou hoje que as suas tropas atacaram objetivos do Hezbollah em resposta ao lançamento prévio de mais de 25 lança-foguetes em direção a seu território.
Em comunicado, as forças armadas israelitas (IDF) afirmaram que aviões de combate e tanques "atacaram vários alvos terroristas do Hezbollah no território libanês, incluindo postos terroristas e instalações militares".
"Simultaneamente, uma aeronave não tripulada ('drone') das IDF atingiu uma outra célula terrorista", refere o comunicado.
Desde 08 de outubro passado (24 horas após o ataque efetuado pelo grupo islamita Hamas a partir de Gaza), o Hezbollah e Israel estão envolvidos em intensos ataques cruzados através da linha divisória entre os dois países, que já provocou dezenas de mortos, mais de 300 feridos e cerca de 2.600 deslocados internos apenas do lado libanês.
A violência fronteiriça, cada vez mais intensa, está a suscitar receios de que o país se torne numa segunda frente da guerra em Gaza, um cenário para o qual se prepara o Governo libanês a vários níveis e com a colaboração de organizações internacionais e agências da ONU.