O Papa Francisco renovou esta terça-feira o apelo à paz no mundo. Após a recitação do Angelus, no Vaticano, o Santo Padre pediu confiança e orações pela paz, num tempo em que o barulho das armas se sobrepõe às tentativas de diálogo para a paz nas várias zonas de conflito.
"Hoje confiamos a Maria o apelo à paz na Ucrânia e em todas as regiões devastadas pela guerra que são muitas, infelizmente", declarou o Papa na Praça de São Pedro, no dia da solenidade da Assunção da Virgem Santa Maria.
Francisco afirmou que "a imponência das armas encobre as tentativas de diálogo" e que "a lei da força prevalece sobre a força da lei", mas pediu para os católicos não desanimarem.
"Continuemos a acreditar e a rezar, porque é Deus quem comanda a história e nos escuta", disse.
Antes da oração do Angelus, o Papa apontou Maria como exemplo do serviço ao próximo e do louvor a Deus.
O Santo Padre disse que é o amor, demonstrado através do serviço, que eleva a vida, mas que esse serviço não é simples.
"Ajudar custa! Nós também experimentamos isso, na fadiga, na paciência e nas preocupações que o cuidado com os outros acarreta", disse o Papa, exemplificando com os "quilómetros que muitas pessoas percorrem todos os dias para ir e voltar do trabalho" ao mesmo tempo que fazem "sacrífícios de tempo e sono" para cuidar de filhos, idosos, e fazer voluntariado.
Francisco alertou, "no entanto", que "o serviço corre o risco de ser estéril sem o louvor a Deus".
"Perguntemo-nos: vivo meu trabalho e minhas ocupações diárias em um espírito de serviço? Dedico-me a alguém gratuitamente, sem buscar benefícios imediatos?, questionou o Papa.