Foi um discurso otimista e de força o que Joe Biden fez na sessão conjunta do Congresso, na quarta-feira à noite (madrugada de quinta-feira em Lisboa). No seu primeiro discurso naquele plenário, o Presidente norte-americano deixou a garantia de que a América está de volta e a superar a crise provocada pela pandemia.
“Todos sabemos que a vida pode derrubar-nos, mas na América nunca ficamos no chão. Os americanos sempre se levantaram e hoje é isso que estamos a fazer. A América está a erguer-se de novo, a escolher a esperança em vez do medo, a verdade sobre a mentira, a luz em vez da escuridão”, afirmou.
“Após 100 dias de mandato, a América está pronta para seguir em frente. Estamos a trabalhar de novo. A sonhar de novo. A descobrir de novo. A liderar o mundo outra vez”, garantiu o chefe da Casa Branca, que assumiu a Presidência em 20 de janeiro.
No combate às desigualdades, Biden anunciou que quer colocar os ricos a pagar a crise.
“Podemos fazê-lo sem aumentar o défice. Vamos começar com aquilo que não farei: não vou impor aumentos de impostos a quem ganha menos de 400 mil dólares por ano. Mas é altura de as empresas e do 1% dos americanos mais ricos começarem a pagar o seu justo quinhão. Só a sua parte”, defendeu.
Biden deu, assim, nota da sua agenda económica, que inclui uma proposta de biliões de dólares de investimento em creches, educação e férias remuneradas. Está na hora de fazer um “investimento único nas nossas famílias e nos nossos filhos”, afirmou.
Transmitiu ainda à nação a ideia de que “a América está em movimento outra vez”.
“E não podemos parar. Estamos a competir com a China e outros países para ganhar o século XXI”, reforçou.
Joe Biden cumpre, nesta quinta-feira, 100 dias de um mandato que começou com uma forte aposta na vacinação para travar a propagação da Covid-19 no país.
No seu discurso, reforçou o apelo: “América, vacina-te!”
A sessão conjunta do Congresso junta os representantes da Câmara de Representantes e do Senado. Veja o discurso na íntegra.