A Organização Mundial da Saúde (OMS) avançou, esta sexta-feira, que as autoridades locais de saúde em Gaza informaram da impossibilidade de retirar pacientes vulneráveis dos hospitais no norte de Gaza, depois das forças israelitas terem ordenado a que os civis se mudem para o sul no prazo de 24 horas, refere a Reuters.
O porta-voz da OMS, Tarik Jasarevic, admite que “há pessoas gravemente doentes cujos ferimentos significam que a sua única hipótese de sobrevivência é utilizar aparelhos de suporte vital, como ventiladores mecânicos”.
“Mover essas pessoas é uma sentença de morte. Pedir aos profissionais de saúde que o façam é mais do que cruel”, diz.
Também o diretor da OMS, Tedros Ghebreyesus, partilhou uma mensagem na rede social X a pedir a Israel que “reverta a decisão”.
“Os hospitais em Gaza estão num ponto de rutura. Sem a entrada imediata de ajuda, os serviços essenciais de saúde ficarão paralisados”
Ghebreyesus, que visitou Gaza em 2018, relembra que na altura o acesso a cuidados já era difícil.
“Sei em primeira mão que uma evacuação em massa para o sul do enclave seria desastrosa – para pacientes, profissionais de saúde e outros civis deixados para trás ou apanhados num movimento de massas perigoso e talvez mortal”, pode ler-se na rede social.
Os militares de Israel ordenaram, esta sexta-feira, a todos os civis da cidade de Gaza, a norte da região, que se mudem para o sul num espaço de 24 horas. Em causa está uma esperada invasão terrestre do Israel na cidade.