Portugal terá novos testes mais rápidos ao coronavírus
27-03-2020 - 13:34
 • Renascença

Secretário de Estado da Saúde garante também reforço na quantidade de ventiladores.

Veja também:


António Lacerda Sales, secretário de Estado da Saúde, revela que Portugal terá uma nova e mais rápida forma de testar os possíveis doentes de coronavírus, que servirá de complemento para a habitual forma de testagem.

“O teste PCR demora entre cinco a seis hora e têm de ser colocados em série, que pode, eventualmente, causar mais demora. Pode acontecer circunstancialmente. Foram testadas mais pessoas, cerca de 2,5 mil, para uma capacidade de testagem de 5,6 mil testes. Vamos introduzir novos testes, que não têm nada a ver com os testes rápidos [sem aprovação do Instituto Ricardo Jorge e Infarmed], mas que podem ser mais rápidos, entre três horas e três horas meia. Vamos reforçar os testes”, garantiu, em conferência de imprensa.

Reforçar a disponibilidade de ventiladores é outra das prioridades. António Lacerda Sales fez um ponto de situação em relação à quantidade de ventiladores existentes.

“Temos capacidade de ventilação de 1.142 ventiladores, 528 ventiladores em cuidados intensivos, cerca de 480 em blocos operatórios e uma capacidade de expansão de 134. Mas como sabem, temos encomendas feitas que presumimos que começarão a chegar na próxima semana. Há também disponibilidades apresentadas por empresas e individuais por isso com certeza que a capacidade de ventilação será muito reforçada”, explica

Estas encomendas chegarão, de acordo com a previsão, “de forma faseada na próxima semana” e têm um preço individual “entre os 11 e os 80 mil euros”. “Estamos a criar condições para que os ventiladores, que virão com material de suporte, fiquem no SNS para além desta crise”, diz.

O secretário de Estado da Saúde revela ainda a existência de uma equipa que monitoriza a necessidade de novos ventiladores: “Existe uma 'task force' que todos os dias olha macro e micro no país para a capacidade que temos de ventiladores e para o número de doentes que em cada instituição existe para poder validar os dados que nos são transmitidos”.