Quatro jovens foram raptados na Nigéria depois de o seminário onde estudam ter sido atacado por militantes de um grupo armado.
Os quatro rapazes desapareceram na altura do ataque e não voltaram a ser vistos, nem tem havido qualquer informação sobre o seu paradeiro, levando um dos responsáveis pelo seminário a dizer que teme “o pior”, enquanto pede à comunidade internacional que reze.
Segundo uma nota enviada à Renascença pela fundação Ajuda à Igreja que Sofre, o ataque aconteceu na passada quarta-feira, dia 8 de janeiro. O Seminário Maior do Bom Pastor, situado em Kakau, no estado de Kaduna, foi atacado por vários homens que, segundo testemunhas, envergavam camuflados e terão mesmo chegado a disparar sobre “estudantes, professores e funcionários”, embora não haja informações sobre eventuais vítimas.
No final do ataque, já na presença das forças de segurança, fez-se uma contagem dos alunos e percebeu-se que faltavam os quatro que estão dados como desaparecidos. Segundo a AIS só a rápida intervenção das forças de segurança é que impediu que mais seminaristas tivessem o mesmo destino.
Desde que a situação em países como o Iraque e a Síria se tornou mais calma, resultando na diminuição dos ataques aos cristãos, que o sudeste asiático e África se tornaram os locais de maior preocupação em termos de perseguição.
Na Nigéria o clima de insegurança tem duas faces. Por um lado os ataques de que os cristãos são vítimas sobretudo no norte do país, às mãos de grupos armados como os terroristas do Boko Haram, e por outro a tensão entre agricultores, na maioria muçulmanos, e agricultores, na maioria cristãos, no resto do país, que tem também contornos étnicos e tem resultado em centenas de mortes.
O Estado de Kaduna já tinha sido palco de um grave ataque contra os cristãos em 2012, quando três igrejas foram atacadas com atentados, reivindicados pelo Boko Haram, que fizeram 12 mortos e dezenas de feridos.
Mais recentemente, noutro estado do norte, 10 cristãos foram decapitados por membros do Boko Haram, precisamente no Natal.