Os comentadores da SIC e TVI, Luís Marques Mendes e Paulo Portas, respetivamente, revelaram este domingo alguns dos produtos que devem integrar a aplicação do IVA ZERO, numa medida anunciada pelo Governo para combater o aumento do custo de vida.
Marques Mendes enumera alimentos como batatas, massa, arroz, cenouras, cebolas, brócolos, curgetes, alho francês, leite, queijo, iorgurtes, pão, ovos, azeite, tomate, fruta, frango, feijão, salmão e pescada.
Já Paulo Portas aponta mesmo um número exato: deverão ser 47 produtos no total a estarem com IVA ZERO.
A proposta de cabaz do Governo foi elaborada pelo Ministério da Saúde e enviada ao Ministério das Finanças.
Marques Mendes refere que o acordo com o setor da distribuição está feito, enquanto o acordo com a área da produção "está na parte final".
O anúncio oficial do cabaz será feito "nos próximos dias", garante o antigo líder do PSD.
Há duas semanas, a Renascença um conjunto de 33 alimentos, com base na proposta da Ordem dos Nutricionistas para a isenção do IVA em produtos alimentares essenciais. Este produtos são considerados fundamentais para uma alimentação saudável, segundo a roda dos alimentos.
Os produtos foram selecionados por preço mais baixo, com base numa seleção de marca branca, de produtos de origem nacional e a granel. O supermercado foi escolhido aleatoriamente e os dados foram recolhidos todas as semanas.
Dos 33 produtos, 10 aumentaram de preço, entre 21 de novembro e 8 de março. Os medalhões de pescada ultracongelados superaram todos os outros produtos, com um aumento global de 371% neste período. Em novembro, uma embalagem de um quilo custava 3,69 euros. A mesma embalagem aumentou para 17,39 euros a 8 de março.
De seguida, foram manteiga e o azeite que tiveram o maior aumento, de 76% e de 56% respetivamente. Isto coincide com os dados do INE que, entre janeiro de 2021 e dezembro de 2021, registaram que as gorduras e óleos foram a categorias de produtos alimentares cujo índice de preço no consumidor mais subiu.
No fim, 13 produtos ficaram mais baratos. A laranja, o alho seco e o atum natural tiveram quedas superiores a 60%. Contudo, como os preços têm oscilado tanto nos últimos meses, as descidas e as subidas não serão definitivas.