O Papa Francisco afirmou, numa entrevista que vai ser publicada na Itália a 11 de fevereiro, que se sente em “sintonia total” com São João Paulo II no que diz respeito ao ensinamento sobre o celibato na Igreja.
“Caminhando atrás dos passos de Paulo VI, de João Paulo II e de Bento XVI, sinto o dever de pensar que o celibato é uma graça decisiva que caracteriza a Igreja Católica latina”, refere, numa conversa com o padre e professor de filosofia Luigi Maria Epicoco, que integra a obra “San Giovanni Paolo Magno” (São João Paulo Magno).
Numa passagem da entrevista, antecipada pelo jornal italiano “La Stampa”, Francisco mostra-se “convicto de que o celibato é um dom, uma graça”, sem representar “um limite” para a Igreja.
A publicação deste livro acontecerá precisamente na véspera da divulgação da exortação apostólica “Querida Amazónia”, onde deve ser abordada a questão de se ordenar homens casados para servir naquela região. A proposta foi feita pelo sínodo sobre a Amazónia, mas a decisão final cabe ao Papa.
Em relação ao sacerdócio feminino, o Papa afirma que “a questão não está num estado de discussão”, porque as reflexões de São João Paulo II foram “definitivas”.
No primeiro capítulo do livro, antecipado pela edição italiana da revista “Família Cristã”, Francisco recorda ainda alguns momentos do dia 13 de março de 2013, em que foi eleito como sucessor de Bento XVI.
O Papa refere que vários cardeais lhe passaram a ideia de que seria o escolhido pelo Conclave, aos quais foi respondendo “Não brinques”.