O deputado da Iniciativa Liberal, Rui Rocha, diz que "não devia sequer ter acontecido uma nomeação" de Miguel Alves, na sequência do pedido de demissão do secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro, após ter sido acusado de prevaricação pelo Ministério Público.
"Miguel Alves é uma pessoa da relação pessoal direta do primeiro-ministro. António Costa, obviamente, sabia de todos estes problemas e ainda assim não se coibiu de trazer Miguel Alves para o Governo para ser uma pessoa nuclear", realça, ouvido pela Renascença.
O também candidato à liderança da IL recorda que o primeiro-ministro "persistiu no erro" ao reiterar a sua confiança política em Miguel Alves, na semana passada.
"É uma desconsideração dos valores fundamentais da Democracia, uma falta de responsabilidade política e de sentido de Estado. O problema já nem é Miguel Alves em si, é a relação de António Costa com os princípios democráticos", defende.
O primeiro-ministro diz compreender a demissão de Miguel Alves, a partir do momento em que foi acusado de prevaricação pelo Ministério Público.
Em declarações aos jornalistas, à entrada para a Comissão Nacional do PS, na noite desta quinta-feira, António Costa adiantou que vai apresentar "brevemente" um substituto do secretário de Estado Adjunto.