Nos primeiros oito meses de 2019,, as exportações de componentes automóveis feitos em Portugal chegaram aos 5,6 mil milhões de euros, um valor recorde. Pelo contrário, o mercado britânico está em queda.
Segundo a Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel (AFIA), até agosto registou-se um crescimento de 2,4%. Em comparação com 2010, a subida é de mais de 70%.
Ainda de acordo com a AFIA, que se baseia em dados do comércio internacional do Instituto Nacional de Estatística, os componentes automóveis representam mais de 14% das exportações portuguesas de bens transacionáveis.
Espanha e Alemanha são os principais destinos, seguidos de perto por França e Inglaterra, quatro países que representam 70% do total das exportações.
No entanto, as vendas para o mercado britânico estão em queda desde 2017 e rondam neste momento os 500 milhões de euros. Este valor representa uma descida de quase 14%, entre janeiro e agosto deste ano, face a 2018.
O Brexit tem afetado, por antecipação, esta indústria e, segundo a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), existem 26 empresas em Portugal de componentes que só exportam para o Reino Unido.
Os restantes 30% do total das exportações estão distribuídos por outros países europeus e fora do continente, como os Estados Unidos, Marrocos, China, México e Turquia.
No boletim económico de outubro, o Banco de Portugal assinalou que a produção automóvel disparou no país desde 2017, com reflexos nas exportações. No entanto, mais de dois terços (70%) do que é vendido ao exterior tem primeiro de ser importado.