São 32.500 os alunos que neste momento não têm professores, estima a Fenprof a partir dos dados as ofertas de contratação direta das escolas.
No país, as zonas com maiores dificuldades são o Algarve e a zona da Grande Lisboa e Vale do Tejo.
Em declarações à Renascença, Mário Nogueira, sublinha que "haverá casos em que isto acontece desde setembro". Mas, de acordo com o secretário-geral da Fenprof, registaram-se cerca de 1000 aposentações nos últimos três meses.
Esta é uma das grandes preocupações de Mário Nogueira para o próximo ano letivo. "As aposentações vão continuar", sublinhando que a previsão é de que mais professores se reformem. o que quer dizer que em muitos casos este problemas se pode agravar.
Em muitas escolas e agrupamentos, a solução passa, atualmente, por "recorrer a outros diplomados, não profissionalizados, não professores" para assegurar horários em falta. O secretário-geral acrescenta que também este número é superior ao do ano passado.
"Esta é uma situação que não podia estar a acontecer, mas acontece", lamenta Mário Nogueira, sem deixar de atribuir responsabilidades aos sucessivos governos, não apenas este, que "foram desvalorizando a profissão".
"Se a profissão fosse atrativa", acrescenta, 20 mil professores não tinham abandonado a carreira, quer por emigração, quer por troca de profissão.