A Embaixada de Portugal na Venezuela apela à comunidade lusa que evitem deslocações desnecessárias, numa altura em que decorrem protestos contra a vitória de Nicolás Maduro nas eleições presidenciais de domingo.
Numa mensagem publicada na rede social Instagram, a representação diplomática apela à calma e à tranquilidade numa altura sensível da vida da Venezuela.
"A Embaixada de Portugal na Venezuela e os Consulados-Gerais em Caracas e Valência acompanham, em permanência, a Comunidade Portuguesa residente no país e apelam a que os cidadãos portugueses se mantenham tranquilos, evitando deslocações não necessárias", refere a publicação.
O dia a seguir à vitória de Nicolás Maduro nas eleições presidenciais está a ser marcado por protestos em vários pontos da Venezuela.
Na capital Caracas, a Polícia disparou gás lacrimogéneo contra manifestantes que contestam o resultado eleitoral, avança a agência AFP. Os manifestantes responderam às forças de segurança com o arremesso de pedras.
A Polícia da Venezuela cercou a embaixada da Argentina em Caracas, avança a edição online do jornal "El Mundo". Um conselheiro da oposição que vive na embaixada argentina desde que foram emitidos mandados de prisão, disse nas redes sociais que as forças de segurança estavam a tentar entrar no edifício.
“Neste momento, funcionários do DAET estão tentando invadir a residência da embaixada da Argentina em Caracas, onde estão os seis requerentes de asilo da campanha de Maria Corina Machado e Edmundo Gonzalez”, disse Pedro Urruchurtu na rede social X.
A oposição venezuelana contestou esta segunda-feira a proclamação de Nicolás Maduro como Presidente e garante que venceu as eleições, com base em 73,2% das atas eleitorais.
O candidato Edmundo Gonzalez Urrutia, apoiado pela líder da oposição venezuelana, Maria Corina Machado, considera que o seu triunfo é "irreversível".
"Neste momento, emociona-me muito dizer-vos a todos que temos 73,2% das atas e com este resultado o nosso Presidente eleito é Edmundo Gonzalez Urrutia", declarou a líder da oposição venezuelana, que foi impedida de se candidatar às eleições de domingo.
Nove países latino-americanos, entre os quais a Argentina, pediram esta segunda-feira uma "revisão completa" dos resultados eleitorais na Venezuela, que deram a vitória ao Presidente Nicolás Maduro, com 51% dos votos.