O candidato a secretário-geral do PS Pedro Nuno Santos assinalou este sábado, em Penafiel, no distrito do Porto, que o seu partido se apresenta a eleições para vencer e não "para ser muleta do PSD".
"É muito importante ficar clarificado, nomeadamente a ideia de que o PS é um partido que se apresenta para ganhar as eleições [de 10 de março] e não se apresenta a eleições para ser uma muleta do PSD", afirmou, em declarações aos jornalistas.
Falando à entrada para um encontro de apoiantes socialistas da região do Vale do Sousa, que se realizou no auditório da Associação Empresarial de Penafiel, Pedro Nuno Santos acrescentou que a sua candidatura "sempre defendeu que não se devem fechar portas à direita e não se devem fechar portas à esquerda". .
Por isso, prosseguiu, "esse diálogo deve ser mantido, obviamente, mas isso não é tudo".
Para o candidato à sucessão de António Costa na liderança socialista, é "muito importante ficar clarificado" quais são "as matérias em que se pode dialogar".
Às eleições para a liderança do PS, que vão decorrer nos dias 15 e 16, concorrem também José Luís Carneiro e Daniel Adrião.
A propósito do Dia Internacional Contra a Corrupção que hoje é assinalado, Pedro Nuno Santos disse ser "importante lembrar, como dirigente do Partido Socialista, que a legislação que permite de forma mais eficaz combater a corrupção é quase, na sua totalidade, da responsabilidade de governos do PS".
"O compromisso do Partido Socialista com o combate à corrupção não é de agora, é um compromisso de sempre e, obviamente, que será um compromisso de futuro", destacou.
Pedro Nuno Santos assinalou, por outro lado, "as declarações do diretor da Polícia Judiciária, dizendo que nunca tinha tido tantos meios para combater a corrupção".
"Eu julgo que tanto a legislação como o reforço dos meios provam isso mesmo, que há um compromisso do Partido Socialista com o combate à corrupção", concluiu.
O encontro que se realizou em Penafiel reuniu algumas centenas de militantes, dirigentes e autarcas, a maioria do distrito do Porto, incluindo o líder da federação, Eduardo Vítor Rodrigues.