O Mundial de Clubes entrou em campo com uma nova ferramenta. Está a ser testada a tecnologia semi-automática de deteção de fora de jogo.
A FIFA acredita que esta nova tecnologia ajudará os árbitros e videoárbitros e reduzirá o tempo de validação e anulação de golos.
Não se trata de uma estreia: a tecnologia semi-automática de fora de jogo (SAOT) foi estreada "com sucesso" na Taça das Nações Árabes.
Em Abu Dhabi, palco do Mundial de Clubes, os adeptos têm podido ver as animações 3D exibidas nos ecrãs gigantes, que lhes permitem estar a par da decisão do árbitro em situações de fora de jogo.
A SAOT utiliza um sistema de dez câmaras exclusivas, mais um número de câmaras de transmissão televisiva, para formar 18 pontos de informação sobre cada jogador, individualmente, e detetar a sua posição exata em campo. Estes dados, recolhidos 50 vezes por segundo, são encaminhados para um assistente do videoárbitro (AVAR) especificamente dedicado a decisões de fora de jogo.
Todo este processo decorre em tempo real, o que significa que podem ser tomadas decisões sobre eventuais foras de jogo em segundos.
A FIFA garante que o árbitro continua a ter a última palavra sobre qualquer decisão. A SAOT serve apenas para ajudar a tomar decisões mais rápidas e precisas, em particular em situações difíceis de avaliar.
O objetivo é ter a tecnologia pronta e testada para o Mundial 2022, no Qatar. Nessa altura, a FIFA espera poder aumentar o número de pontos de informação por jogador para 29 (mais 11 do que atualmente).
Abel Ferreira, ao comando dos brasileiros do Palmeiras, e Leonardo Jardim, que treina os sauditas do Al Hilal, estão em prova no Mundial de Clubes. O primeiro já se apurou para a final. O segundo discute um lugar no jogo decisivo com o Chelsea, esta quarta-feira.