Os sindicatos dos enfermeiros anunciaram esta quarta-feira uma greve nacional para 20 e 21 de setembro, contra a falta de propostas do Governo para a carreira.
A paralisação foi divulgada durante uma conferência de imprensa realizada na sede da UGT, em Lisboa.
O protesto, convocado por quatro organizações sindicais, poderá ser seguido de novas formas de luta, dependendo da resposta do Governo às reivindicações dos enfermeiros.
"Houve quatro sindicatos que se juntaram e definiram um plano de ação, que começa com uma greve nacional a 20 e 21 de setembro, e que vai continuar de forma crescente até que haja uma resposta do Governo", afirma Lúcia Leite, da Associação Sindical Portuguesa de Enfermeiros.
Os profissionais de enfermagem sublinham que não querem aumentos salariais, mas a dignificação da carreira, com reconhecimento assim que começam a trabalhar, defende José Carlos Martins, o presidente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses.
"Defendemos que o salário mínimo dos enfermeiros deve iniciar-se nos 1.600 e picos euros. Não admitimos que, outros com igual formação académica aufiram maior remuneração do que os enfermeiros. Do ponto de vista salarial, os enfermeiros devem ter a perspetiva de chegar ao topo da carreira técnica superior, como acontece com os outros licenciados da Função Pública, e tem que haver uma diferenciação do trabalho especializado dos enfermeiros especialistas", defende José Carlos Martins.
Os enfermeiros já tinham realizado uma greve de cinco dias, entre 13 a 17 de agosto.