O novo heliporto no Hospital de São João deverá começar a funcionar no próximo ano. Uma obra desejada há muito, já que o Centro Hospitalar não recebe helicópteros há mais de 20 anos.
Trata-se de uma obra "fundamental para minimizar o risco de doentes graves", diz Nélson Pereira, diretor da urgência, aos jornalistas.
O clínico lembra que "a rede de urgência tem enormes fragilidades". Nelson Pereira diz que esta nova infraestrutura e transporte útil pode ser "fundamental para salvar vidas quando estamos a falar de doentes críticos".
No mesmo plano, o presidente do Centro Hospitalar de São João alerta para os doentes urgentes que atualmente "são transportados de ambulância de outros heliportos até ao hospital".
Fernando Araújo salienta o "maior cuidado e rapidez". Com o novo heliporto no interior do recindo do Hospital de São João é possível "centralizar o transporte de doentes mais graves e complexos", refere.
O heliporto será construído a seis metros de altura e com uma passagem direta para a urgência através de uma manga. Permitirá o transbordo do doente do helicóptero diretamente para uma maca que segue para uma sala de urgência. O objetivo é diminuir a janela de tempo de operacionalização.
Sem receber helicópteros há mais de 20 anos, Jorge Sousa, diretor do Serviço de Instalações e Equipamentos, fala em constrangimentos e dificuldades em cumprir as regras definidas pela ANAC mais cedo.
O presidente da Câmara da Maia, parceiro no projeto, a par com a Câmara de Matosinhos e a Câmara de Valongo, fala na importância do financiamento para a conclusão desta obra. António Silva Tiago reforça o papel importante da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN) para a finalização do projeto.
"Um investimento de 1,7 milhões de euros comparticipado em 70% pela CCDRN", indica o autarca da Maia.
Daqui a um ano é esperado que os helicópteros do INEM possam fazer essa ligação direta com o Hospital de São João.