Bruxelas reconhece oportunidades nas moedas virtuais, mas sublinha que é um investimento especulativo e de risco elevado e que por isso deve ser regulado.
Depois de um encontro com autoridades, representantes empresariais e peritos, o vice-presidente da Comissão Europeia, Valdis Dombrovskis, falou das vantagens e das vantagens das moedas virtuais
A Comissão Europeia reafirma que as moedas virtuais são altamente especulativas e um risco para investidores, mas também uma oportunidade de financiamento para empresas e trazem com elas tecnologia que a europa deve aproveitar.
“A tecnologia de ‘blokchain’ é uma forte promessa para os mercados financeiros e uma União Europeia competitiva deve abraçar esta inovação. Em segundo lugar, as criptomoedas, cujo valor não é garantido, dão azo a considerável especulação. Isto expõe os consumidores e investidores a riscos substanciais, incluindo o de perder o investimento. Isto justifica a terceira conclusão: os avisos aos consumidores e investidores são importantes e devem ser claros, frequentes e atravessar todas as jurisdições”, afirmou Dombrovskis.
“Em quarto, as ofertas iniciais de moedas tornaram-se uma forma das empresas inovadoras reunirem uma soma substancial de financiamento e isto é uma oportunidade. Mas expõem também os investidores a riscos, como a falta de transparência”, concluiu o vice-presidente da Comissão, que alertou ainda para o risco de as moedas virtuais serem usadas para lavagem de dinheiro e financiamento de atividades ilícitas.
A legislação, preparada em dezembro, ainda está a ser transposta pelos Estados membros e também ainda está a ser analisado até que ponto a regulamentação existente serve este novo investimento.
Mas, com base no levantamento dos riscos, ainda este mês foi pedido às autoridades monetárias que renovassem os alertas sobre as moedas virtuais.