Jorge Nuno Pinto da Costa mostrou-se muito crítico, esta quinta-feira, com a ação da Direção-Geral de Saúde (DGS) e do Governo no que diz respeito ao desporto e aos clubes durante a pandemia da Covid-19.
Em declarações ao Porto Canal, durante uma visita ao Museu do FC Porto, o presidente do clube portuense assinalou que, a nível desportivo, não se sente "nenhuma diferença quando a pandemia melhora ou fica menos má, porque os apoios são sempre zero" e "as facilidades são sempre zero".
"O Governo anunciou solenemente há dias que se podia ocupar um terço de lotação dos recinto desportivos, até nas modalidades amadoras, mas entretanto tivemos jogos no nosso pavilhão, como um FC Porto-Sporting em hóquei em patins, e apesar disso não houve público, porque a DGS não tinha dito como era. O Governo devia era demitir-se e pôr a DGS a comandar o país. Fazem a legislação que entendem correta, mas não é efetiva porque a DGS anda não disse como vai ser. Isto é um absurdo a raiar o ridículo, é lamentável", criticou o dirigente portista.
Outra "situação ridícula", para Pinto da Costa, foi o apelo do presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, para que os portugueses se deslocassem "de forma massiva" a Espanha para os oitavos de final do Euro 2020. Algo que contrasta com os estádios vazios em Portugal.
Questionado se temia que o Governo recuasse na decisão de devolver o público aos estádios, o presidente do FC Porto foi taxativo: "Eu temo tudo, porque quando se segue a política do absurdo tudo é possível acontecer."