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A conclusão é do inquérito feito pela Associação Nacional das empresas do comercio e da reparação automóvel (ANECRA) a perto de 500 empresas do sector.
“A quebra na faturação no caso das empresas de comercio têm uma quebra superior a 70%. As vendas de novos e usados estão a cair num precipício e neste período mais critico vai-se aproximar de zero vendas”, alerta o presidente da ANECRA, Alexandre Ferreira.
Cenário um pouco melhor é traçado no que toca à reparação e manutenção, que “vai fazendo algum negócio”. Ainda assim, “a maior parte das empresas vai ter de recorrer ao 'lay-off' parcial ou total”, adianta o responsável.
A estimativa é que 42% das empresas do setor optem pela suspensão da atividade. Segundo dados da associação, o Grande Porto é a região mais afetada pela crise, onde “51% das empresas vão recorrer ao 'lay-off'”.
Para líder da ANECRA, a recuperação do sector vai depender das “medidas de contingência adotar”. E aponta maio como timing limite para isso acontecer.
“Teremos hipótese de recuperar do ponto de vista económico até ao final de maio, se isso não acontecer não prevejo para o sector e para a economia nada de bom."
Portugal, em estado de emergência até pelo menos sexta-feira, com confinamento social generalizado, regista 567 mortos e 17.448 casos de infeção confirmados, de acordo com o balanço esta terça-feira divulgado pela Direção-Geral da Saúde.
Dos infetados, 1.227 estão internados, 218 dos quais em unidades de cuidados intensivos, havendo 347 doentes que recuperaram desde que a doença respiratória aguda, declarada como pandemia, foi diagnosticada no país, em 2 de março.