A distribuição de medicamentos pode ficar ameaçada se os preços dos combustíveis e da energia se mantiverem elevados. O aviso é do presidente da Associação dos Distribuidores Farmacêuticos (Adifa).
Em declarações à Renascença, Nuno Flora explica que, para já, os medicamentos não ficarão em falta, mas que a rapidez do serviço de distribuição pode estar em causa.
"O medicamento não vai deixar de estar disponível para as farmácias, mas a rapidez do setor de distribuição pode estar condicionada", explica Nuno Flora.
Os distribuidores não têm a possibilidade de ajustar o preço, já que está regulado e fixado pelo Governo, o presidente da ADIFA diz que o setor está "continuamente a absorver custos e há um limite em que esse aumento interfere com as operações".
Associação de Distribuidores Farmacêuticos pede ao Governo que tome medidas urgentes para minimizar os aumentos dos últimos meses.
Entre as medidas propostas, incluem-se o acesso a gasóleo profissional, a majoração na dedução dos gastos com combustíveis, o reembolso parcial do Imposto sobre Produtos Petrolífero (ISP), a dedutibilidade do IVA no gasóleo, bem como a isenção do pagamento do imposto único de circulação das viaturas afetas à atividade da distribuição farmacêutica.
O presidente da Associação dos Distribuidores Farmacêuticos (Adifa) fala num "aumento de 20% em custos energéticos".
Nesta cadeia de distribuição os custos com transporte representam 30% da despesa fixa.
Nuno Flora alerta para o aumento considerável de custos energéticos, de armazenamento e de transporte que poderá colocar em risco a distribuição de medicamentos.
[notícia atualizada às 20h33]