O presidente da Federação Portuguesa de Râguebi alerta para as dificuldades financeiras da modalidade, em reação à carta enviada pela Santa Casa de Lisboa na qual são anunciados cortes financeiros no apoio às várias federações desportivas.
Carlos Amado da Silva diz que o apoio já era marginal e lembra que o Estado impõe à Federação que os atletas não-profissionais de râguebi não tenham prejuízo financeiro quando representam a seleção nacional mas não assume essa responsabilidade no pagamento dos salários.
“É regulamentar que todos os jogadores têm direito a representar a seleção nacional sem prejuízo para eles, isto é, os profissionais que não são profissionais de râguebi são contactados pelo Instituto do Desporto para que possam jogar. A Federação não tem nenhuma hipótese de pagar salários a 20 ou 25 pessoas durante três meses. Não tem esse dinheiro, como é óbvio. Cabe, obviamente, ao Estado fazê-lo”, lamenta.
O dirigente federativo diz ainda compreender a decisão da Santa Casa de Lisboa pela situação financeira que a associação atravessa, embora tenha tentado contactar a provedora Ana Jorge, sem sucesso.
"Compreendo a posição da senhora provedora. É natural, sobretudo depois do que se sabe ou julga saber sobre a situação financeira da Santa Casa, que haja alguma contenção. Eu penso que é mais uma análise da situação do que outra coisa. Agora, no caso da federação [os apoios] são marginais, neste momento. Já foram bem maiores, há quatro ou cinco anos, os apoios eram muitíssimo superiores ao que são agora", remata.