"Servir o Benfica" contra centralização dos direitos até “alteração das más práticas”
10-02-2023 - 18:50
 • Pedro Castro Alves

Francisco Benítez, antigo candidato a presidente dos encarnados, está ao lado de Rui Costa nas críticas à arbitragem em Braga e pede “mais transparência”.

Francisco Benítez, ex-candidato às eleições do clube da Luz e líder do movimento “Servir o Benfica”, alinha-se com o presidente Rui Costa, contra quem concorreu no último sufrágio.

Continua a revolta do universo encarnado depois da eliminação da Taça de Portugal, em Braga, com críticas ferozes ao árbitro Tiago Martins e ao VAR Fábio Melo. Benítez é um dos inconformados.

“O Benfica tem de estar unido e a falar a uma só voz e, neste caso, é a voz do presidente Rui Costa. Estamos de acordo com tudo o que foi dito, porque assistimos a situações completamente injustificáveis”, diz, em Bola Branca

O movimento “Servir o Benfica”, liderado por Benítez, exige a divulgação pública das conversas entre os árbitros.

“Pugnamos por um futebol cada vez mais transparente e que todas estas celeumas desapareçam, pela introdução de mecanismos tecnológicos que existem, nomeadamente tornando públicas as comunicações entre VAR e árbitro. Quando essa explicação é dada no momento, muitas questões podem ficar logo resolvidas”, explica, em declarações à Renascença.

Por outro lado, e segundo o movimento, o Benfica deve usar o seu poder, através da centralização dos direitos de televisão, para forçar uma mudança. Francisco Benítez acredita que os encarnados devem utilizar a vantagem negocial que têm.

“Sendo o Benfica o maior gerador de receitas, o que estamos a dizer é que, se a receita não aumenta, então quem recebe mais passa a receber menos [com a centralização dos direitos]. Enquanto não houver uma decisão da FPF e da Liga para acabar com estas más praticas, então nem vale a pena o Benfica sentar-se à mesa das negociações”, conclui.

No comunicado do movimento “Servir o Benfica” é demonstrada “solidariedade ao treinador, jogadores e dirigentes, nomeadamente ao Presidente”, exigindo-se “mais transparência na arbitragem portuguesa” para “terminar com o clima de suspeição reinante”.