Gerhard Schroder habilita-se a perder vários dos benefícios associados ao estatuto de antigo chanceler da Alemanha, por causa da sua proximidade ao Kremlin.
A notícia é avançada por alguma imprensa internacional, segundo a qual os três partidos que formam a coligação no Governo terão chegado a acordo sobre a retirada de benefícios.
Em causa está, por exemplo, o direito a um escritório e a uma equipa no Parlamento, bem como ao pagamento de despesas. Só no ano passado, os custos de Schroder cobertos pelo estado alemão atingiram os 407 mil euros.
O antigo chanceler deverá, contudo, manter a pensão e a proteção pessoal associadas ao cargo. Recusou, entretanto, deixar cargos bastante lucrativos na direção da petrolífera estatal russa Rosneft e no comité de acionistas do gasoduto Nord Stream 2.
A proximidade ao Presidente russo, Vladimir Putin, tem valido crescentes críticas da parte da sociedade e dos governantes alemães. Gerhard Schroder é um social-democrata, tal como o atual chanceler, Olaf Scholz, mas o SPD anunciou no mês passado que está em curso um processo para o expulsar do partido.