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O primeiro-ministro, António Costa, alerta que o nível de incidência da Covid-19 é "ainda muito elevado" em Portugal, nomeadamente na utilização dos serviços de saúde.
Numa publicação na rede social Twitter, após a reunião desta segunda-feira no Infarmed, António Costa considera que as novas variantes do coronavírus são motivo de preocupação, apesar de o país assistir a uma tendência positiva de descida de infeções.
“Assistimos a uma tendência positiva de descida da Covid-19 em Portugal. No entanto, o nível de incidência é ainda muito elevado, nomeadamente na utilização dos serviços de Saúde. As novas variantes são motivo de preocupação. Cumprir as regras é fundamental para vencermos o vírus”, escreve o primeiro-ministro.
No final da reunião com especialistas na sede do Infarmed, a ministra da Saúde disse que o número de pessoas internadas com Covid-19 ainda é muito elevado e ainda não é o momento para falar em datas de desconfinamento.
"Este é o momento de nos concentrarmos em conter a transmissão da doença" Covid-19, declarou Marta Temido.
A governante considera que, nesta altura, é preciso ainda melhorar "a resposta a outras áreas que não a área covid e apostar na rapidez do processo de vacinação e na proteção dos mais fracos e vulneráveis".
Apesar de admitir que a reabertura pode começar pelas escolas, Marta Temido frisou que “este ainda não é o momento para falar de tempos nem de falar de modos” de desconfinamento.
Nesta reunião na sede do Infarmed, em Lisboa, o vice-almirante Gouveia e Melo, coordenador da "task force" para o Plano de Vacinação contra a Covid-19 disse que Portugal pode atingir a imunidade de grupo no início de agosto.
Gouveia e Melo disse esperar um reforço de vacinas no 2º e 3º trimestres que permitirá acelerar o processo de vacinação e, eventualmente, chegar a 70% da população em agosto.
João Paulo Gomes, do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, disse que as medidas de confinamento travaram o crescimento exponencial em Portugal da variante britânica do novo coronavírus.
“Em janeiro fizemos uma projeção a três semanas que indicava que na semana seis – a semana passada – cerca de 65% dos novos casos fossem provocados por esta variante. Tal não aconteceu graças ao confinamento. Os dados indicam que temos cerca de 48% dos novos casos provocados por esta variante e sem uma tendência crescente”, afirmou o especialista do INSA, notando que no Reino Unido já se estima uma prevalência desta variante superior a 90%.
Portugal regista esta segunda-feira 61 mortes e 549 casos de Covid-19, indica o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS).
É o número mais baixo de vítimas mortais desde 28 de dezembro. Esta segunda-feira, o país ultrapassa os 16 mil mortos desde a chegada da pandemia, há quase um ano.
O número de novos casos é o mais reduzido desde 6 de outubro, quando foram registadas 427 novas infeções.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, vai ouvir os nove partidos com assento parlamentar, por videoconferência, entre terça e quarta-feira sobre a renovação do estado de emergência.