Covid-19. OMS apela aos governos que combatam cansaço da população
06-10-2020 - 08:40

Organização lembra que as populações fizeram "imensos sacrifícios" durante oito meses e desde que foram detetados os primeiros casos de Covid-19.

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu aos governos europeus que combatam o cansaço crescente das pessoas diante da pandemia do novo coronavírus e das medidas de restrição impostas, que nalguns casos atinge 60% da população.

"Com base nos dados agregados na pesquisa dos países desta região, podemos notar, sem surpresa, que o cansaço dos entrevistados está a aumentar, estima-se agora que tenha atingido mais de 60% nalguns casos ", disse o diretor regional da Organização Mundial da Saúde para a Europa, Hans Kluge, numa nota em que sublinha que as populações fizeram "imensos sacrifícios" durante oito meses e desde que foram detetados os primeiros casos de Covid-19.

"O custo foi extraordinário e desgastou todos nós, onde quer que vivamos e o que quer que façamos. Nessas circunstâncias, é fácil e natural sentir-se apático e desmotivado", escreveu.

Para combater este "cansaço", defende o responsável, as autoridades devem ouvir a população e criar com ela as respostas para continuar a lutar contra a pandemia do novo coronavírus, cujos níveis de transmissão continuam elevados em toda a Europa.

"Temos de atender às nossas necessidades de maneiras novas e inovadoras. Sejamos criativos e corajosos para conseguir isso", disse Kluge.

O responsável citou, nomeadamente, o exemplo de um município dinamarquês que envolveu os alunos na implementação do novo protocolo de acolhimento respeitando os requisitos de saúde no início do ano letivo.

A zona da OMS na Europa, que inclui 53 países, incluindo a Rússia, tem mais de 6,2 milhões de casos oficiais de covid-19 e quase 241 mil mortes relacionadas com o novo coronavírus, de acordo com a tabela de vigilância da organização.

Em todo o Mundo, a Covid-19 já provocou mais de um milhão e trinta mil mortos e mais de 35,2 milhões de casos de infeção.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.