Costa à chegada à sede de campanha: maioria absoluta “é sempre muito improvável”
06-10-2019 - 19:30
 • Renascença

Líder socialista sublinhou que nunca estabeleceu essa meta.

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Na chegada ao hotel Altis, em Lisboa, onde o PS vai acompanhar a noite eleitoral, António Costa deixou uma dica ao voto no partido, frisando a importância de “quatro anos de estabilidade em Portugal”, “qualquer que seja o resultado”.

Questionado sobre uma possível maioria absoluta socialista, o primeiro-ministro voltou a dizer que os portugueses “não fazem uma avaliação particularmente positiva desse resultado”.

“Nunca estabelecemos essa meta, que é sempre muito improvável no nosso sistema eleitoral e depende de condições políticas muito particulares”, declarou.

O primeiro-ministro revelou que esteve esta tarde, a partir da residência oficial em São Bento, em contacto telefónico com o seu homólogo britânico, Boris Johnson, numa conversa sobre o processo de saída do Reino Unido da União Europeia.

"No caso concreto, estive em São Bento a tratar do 'Brexit'. Estava agendado num telefonema com o primeiro-ministro do Reino Unido", declarou o líder do executivo português.

Perante os jornalistas, António Costa referiu-se que está em curso o processo de preparação do Conselho Europeu, entre os próximos dias 17 e 18.

"Como todos nós sabemos, o Reino Unido é um dos nossos principais parceiros económicos, a saída do Reino Unido vai ter consequências diretas no conjunto da economia europeia e no próximo Quadro Comunitário de Apoio. A União Europeia perderá um dos seus contribuintes importantes - tudo isso temos de ter em conta", acrescentou.

O líder do PSD, Rui Rio, chegou há cerca de uma hora ao hotel que faz de quartel-general do PSD nesta noite eleitoral.

Acompanha com a sua Comissão Política Permanente os resultados, mas não haverá reação às projeções da abstenção.

Numa reação às projeções da abstenção, José Silvano, vice-presidente do PSD, afirmou que "é uma das maiores" de sempre "e isto merece uma reflexão dos partidos políticos".

Diogo Feio, vogal da Comissão Política Nacional, sobre a elevada abstenção: "No dia eleitoral que não registou incidentes nem boicotes, o facto de a abstenção, aparentemente, de acordo com as projeções, estar a aumentar, é um desafio para o futuro. É com certeza um elemento de reflexão que os partidos têm que ter. É obvio que não satisfaz a abstenção ser tão alta,

Queria assinalar que numa eleição em que se apresentaram a votos 21 partidos, e em que apareceram mais partidos, a abstenção não baixou. E queria sublinhar este mesmo ponto".