A ministra do Trabalho diz compreender as reservas dos parceiros sociais à proposta apresentada na Concertação Social para o aumento de salários até 2026.
Em causa está a proposta do Executivo para aumento dos salários em 4,8% por ano até 2026, para assegurar um aumento médio acumulado de 20%.
Depois das críticas, tanto de patrões como de sindicatos, Ana Mendes Godinho lembrou que o documento hoje apresentado é apenas um ponto de partida e diz-se convencida de que, com o diálogo, as divergências vão esbater-se.
“O que apresentámos foi uma base para as negociações que se vão seguir”, disse a ministra.
A ministra admite que ainda há muito trabalho pela frente, mas defende que, apesar da exigência do período negocial, "é, também, agora que este acordo é mais necessário".
Questionada sobre as queixas de todos os parceiros pela falta de concretização de medidas e pela não apresentação de valores exatos, nomeadamente em matéria de Salário Mínimo Nacional, Ana Mendes Godinho garantiu que tudo será clarificado nas próximas reuniões.
E acrescenta que, apesar de não se comprometer com montantes para 2023, o objetivo desta primeira reunião com os parceiros foi apresentar "um pressuposto, um racional, para assegurar aquilo que é fundamental, que é garantir que os trabalhadores que ganham o Salário Mínimo Nacional não perderão poder de compra”, esclareceu a ministra do Trabalho.